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Dor no rosto: quais as principais causas?

Mulher sofre com dor no rosto, que pode ter várias causas

Sentir dor no rosto não é algo tão comum e pode até parecer algo simples, às vezes, um incômodo leve que vai e volta. Mas nem sempre é assim! Existem dores faciais que são intensas, persistentes e até incapacitantes. E o mais curioso é que elas nem sempre vêm do rosto em si: podem ter origem nos nervos, nos músculos, nas articulações e até nos dentes.


Se você sente uma pontada, queimação ou pressão na região facial e não faz ideia do porquê, este texto é pra você. Vamos conversar sobre as principais causas da dor no rosto, entender o que pode estar por trás desse sintoma e por que ele merece atenção médica.


O que pode causar dor no rosto?


A dor facial pode surgir de diferentes estruturas: ossos, músculos, articulações, vasos sanguíneos ou nervos. Isso sem contar outros problemas que afetam a área, como situações nos olhos, sinusites e afins. Por isso, identificar a origem exata nem sempre é simples. Ela pode ser consequência de algo leve, como tensão muscular, ou estar relacionada a condições neurológicas mais complexas.


De forma geral, as causas mais comuns incluem:


  • Neuralgia do trigêmeo

  • Cefaleia em salvas

  • Disfunção temporomandibular (DTM)

  • Herpes-zóster e neuralgia pós-herpética

  • Tensão ou espasmos musculares


Vamos entender melhor cada uma delas.


Neuralgia do trigêmeo: quando o nervo é o vilão


A neuralgia do trigêmeo é considerada uma das dores mais intensas que uma pessoa pode sentir. Ela afeta o nervo trigêmeo, responsável por grande parte da sensibilidade do rosto.


Os episódios são breves, mas extremamente dolorosos, sendo descritos por muitos pacientes como choques elétricos ou pontadas agudas. Eles podem ser desencadeados por ações simples, como falar, mastigar ou até escovar os dentes.


Esse tipo de dor costuma aparecer em apenas um lado do rosto e pode ser tão intensa que interfere nas atividades diárias. O diagnóstico é clínico e deve ser feito por um especialista em dor ou neurologista, que irá definir o melhor tratamento. A terapia pode incluir medicações específicas ou até abordagens minimamente invasivas.


Cefaleia em salvas: dor forte e localizada


A cefaleia em salvas é um tipo raro, mas muito intenso de dor de cabeça, que também pode ser sentida como dor no rosto. Ela costuma afetar um lado da cabeça, geralmente na região dos olhos, e vem acompanhada de sintomas como lacrimejamento, vermelhidão ocular e congestão nasal.


As crises podem durar de 15 minutos a algumas horas e se repetir várias vezes ao longo do dia, por períodos de semanas ou meses. Embora a causa exata ainda não seja completamente conhecida, acredita-se que envolva alterações em regiões do cérebro ligadas ao controle da dor e dos ritmos biológicos.


O tratamento pode incluir medicamentos para interromper as crises e outros para preveni-las, mas isso sempre com acompanhamento médico!


Disfunção temporomandibular (DTM): dor que vem da articulação


Entre as causas mais comuns de dor facial está a disfunção temporomandibular, conhecida como DTM. Ela ocorre quando há um problema na articulação que liga o maxilar ao crânio.


Bruxismo, desalinhamento da mordida, tensão muscular ou estresse são fatores que podem desencadear essa disfunção. O resultado é uma dor localizada na mandíbula, nas têmporas ou até no ouvido, muitas vezes acompanhada de estalos ao abrir ou fechar a boca.


A boa notícia é que a DTM tem tratamento. Em muitos casos, medidas simples, como fisioterapia, uso de placas de mordida e técnicas de relaxamento, já trazem um grande alívio.


Herpes-zóster e neuralgia pós-herpética: dor que persiste


O herpes-zóster, causado pela reativação do vírus da catapora, também pode provocar dor intensa no rosto. Quando o vírus “acorda” novamente, ele percorre os nervos e pode atingir regiões faciais, causando uma dor forte e queimação acompanhada de pequenas bolhas na pele.


Mesmo após a melhora das lesões, algumas pessoas continuam sentindo dor, é o que chamamos de neuralgia pós-herpética. Essa condição pode durar semanas ou meses e requer tratamento específico com medicamentos para dor neuropática.


Quanto antes o tratamento é iniciado, menores as chances de complicações. Por isso, sentir dor facial após uma erupção de herpes nunca deve ser ignorado.


Tensão e espasmos musculares: o peso do estresse


Nem toda dor no rosto vem de doenças neurológicas. Muitas vezes, o vilão é o estresse acumulado.


A tensão constante pode gerar contraturas musculares na face, pescoço e ombros, ainda mais quem passa o dia tenso, trabalha muitas horas em frente ao computador ou aperta os dentes sem perceber. Essa sobrecarga muscular gera dor, rigidez e sensação de peso na cabeça e na mandíbula.


Práticas de relaxamento, alongamentos e fisioterapia são ótimas estratégias para aliviar esse tipo de dor, em especial quando associadas a cuidados com o sono e o controle do estresse.


Quando procurar um médico?


Se a dor no rosto é frequente, intensa ou vem acompanhada de sintomas como dormência, fraqueza ou alterações de sensibilidade, o ideal é buscar avaliação médica o quanto antes.

Um especialista em dor poderá investigar a causa com exames clínicos e de imagem, se necessário, e indicar o tratamento mais adequado para o seu caso.


O mais importante é entender que viver com dor não é normal. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores são as chances de controlar os sintomas e evitar que o quadro se torne crônico.


Se você sente incômodo frequente na região facial, não ignore. Buscar ajuda médica é o primeiro passo para identificar o problema e retomar sua qualidade de vida. Siga o meu perfil no Instagram e fique por dentro de dicas, explicações e novidades sobre o combate à dor crônica com empatia e conhecimento.


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